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Notícias

Medos Infantis, quais os mais comuns e como podemos ajudar.

Em época de Halloween, a nossa pediatra fala-nos de medos infantis, quais os mais comuns e como podemos ajudar.

O medo é uma sensação instintiva e natural do ser humano, que serve como defesa e proteção frente a uma ameaça real ou imaginária.

Todas as crianças têm episódios de medo, estimando-se a maior incidência entre os 2-6 anos.

 

Em geral, os medos mais comuns conforme a faixa etária/etapa do desenvolvimento são:

Primeiros 6 meses de vida: estimulação extrema, como barulhos intensos e a perda de suporte nos cuidados são situações que causam muito medo.

Dos 6 aos 12 meses: medo de pessoas estranhas e da separação dos pais/figuras cuidadoras.

Dos 2 aos 4/5 anos: medo de criaturas imaginárias ou sobrenaturais por ainda não conseguir distinguir a fantasia da realidade. Exemplos: escuro, barulhos estranhos, potenciais assaltantes e monstros. Algumas crianças podem sentir medo de objetos grandes, máscaras e animais.

Dos 6 aos 8 anos: como há o desenvolvimento da tomada de consciência sobre o mundo natural, surgem medos relacionados com animais, desastres naturais, trovoadas, lesões corporais, e outros medos originados a partir de informações veiculadas pelos media, como doenças e a morte, por exemplo.

Dos 9 aos 11/12 anos: com a entrada para a escola e com os primeiros anos escolares, verificam-se medos relacionados com o desempenho académico e desportivo, aparência física, e futuro.

Dos 13 aos 18 anos: com a adolescência surge o medo de falha social, principalmente por rejeição dos pares, receios relacionados com a sexualidade, e mantém-se muitas vezes o medo relacionado com o desempenho escolar.


Como é que os pais podem ajudar a lidar com os medos dos seus filhos?

O que fazer

  • Conversar com a criança sobre os seus receios/ansiedades, tendo em conta a sua idade;
  • Ser empático;
  • Explicar-lhes que muitas crianças têm medos, mas que com apoio podem aprender a ultrapassá-los;
  • Respeitar o medo que a criança sente, sem lhe dar, porém, uma importância desmedida;
  • Monitorizar o uso dos media. Isto incluiu a exposição a imagens assustadoras nos filmes, vídeos online e videojogos violentos. Certifique-se de que os conteúdos são adequados à idade.

 

O que evitar

  • Menosprezar ou ridicularizar os medos da criança, especialmente na frente dos seus pares;
  • Exacerbar o medo, dizendo coisas como: "o doutor vai dar-te uma pica se não te portas bem".
  • Obrigar a criança a contactar com os medos. Não tente pressionar o seu filho a ser corajoso. Levará algum tempo

 

Dra. Joana Almeira Santos, Médica Pediatra no Grupo HPA Saúde

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31 de Outubro de 2024